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Omnichannel na Indústria Farmacêutica: Inteligência e Personalização para Maximizar o Impacto

A transformação digital revolucionou a forma como as empresas farmacêuticas se relacionam com médicos, farmacêuticos e outros stakeholders.


O omnichannel não é apenas uma estratégia de comunicação – é um modelo que, quando bem aplicado, aumenta a eficiência das interações, otimiza recursos e melhora a experiência dos clientes.


Contudo, a implementação de um verdadeiro modelo omnichannel exige três pilares essenciais:


  1. Informação comportamental – para compreender e antecipar comportamentos.

  2. Competitive intelligence – para posicionar a empresa estrategicamente.

  3. Segmentação e targeting eficientes – para entregar a mensagem certa, no momento certo.


Mas como se aplicam estes conceitos na prática? De seguida, exploraremos cada ponto com exemplos reais de implementação.




1. Informação Comportamental: A Base de uma Estratégia Omnichannel Bem-Sucedida

Sem dados estruturados, uma estratégia omnichannel torna-se pouco mais do que uma simples presença multicanal descoordenada. O sucesso está na capacidade de recolher, integrar e analisar dados de forma a personalizar cada interação.



Exemplo prático: Personalização do Momento de Envio de E-mails


Dois oncologistas, um especializado em cancro da mama metastático e outro focado no tratamento do cancro do pulmão, pertencem ao mesmo target para uma campanha de uma nova imunoterapia. Tradicionalmente, ambos receberiam o mesmo e-mail ao mesmo tempo. No entanto, dados comportamentais podem indicar que:


  • O oncologista especializado em Cancro da Mama costuma abrir e-mails no final do dia, por volta das 18h.

  • O oncologista focado no tratamento do Cancro do Pulmão, tem uma taxa de abertura mais alta logo pela manhã, às 8h.


A utilização de inteligência artificial permite ajustar o envio de e-mails ao horário ideal para cada médico, melhorando consideravelmente a taxa de abertura e engagement.



Como aplicar na prática?


  • Utilização de ferramentas de automação para rastrear e analisar a interação digital de cada profissional de saúde.

  • Uso de IA para ajustar campanhas com base no comportamento passado e prever ações futuras.

  • Acompanhamento em tempo real das interações digitais e ajustes dinâmicos das campanhas.


A seguir, vejamos como os dados robustos estão ligados ao segundo pilar da estratégia omnichannel.




2. Competitive Intelligence: O Diferencial na Construção de Estratégias de Impacto

Ter dados internos é fundamental, mas sem um olhar sobre o mercado e a concorrência, a empresa corre o risco de ficar para trás. Com dados de competitive intelligence conseguimos monitorizar tendências, investimentos promocionais, eventos, digital engagement e estratégias da concorrência para tomar decisões mais informadas.



Exemplo prático: Monitorização do Share of Voice


Uma empresa farmacêutica está a lançar uma nova terapêutica para cancro da mama HER2+. Antes de definir a sua abordagem omnichannel, monitoriza a concorrência e percebe que:

  • O principal concorrente investe expressivamente em eventos médicos presenciais, mas tem pouca presença digital.

  • Outras empresas apostam em advisory boards e webinars, mas com pouco engagement.


Com esses insights, a empresa pode:

  1. Reduzir o investimento em eventos presenciais e focar-se em formatos híbridos, onde a concorrência está menos presente.

  2. Criar webinars interativos e painéis de discussão com oncologistas referência na área, tornando o formato digital mais envolvente.

  3. Personalizar conteúdos com dados epidemiológicos locais, tornando as mensagens mais relevantes para cada região.



Como aplicar na prática?


  • Monitorização de investimentos promocionais para saber onde os concorrentes estão a concentrar os seus esforços.

  • Análise do SOV (Share of Voice) digital e offline para entender o posicionamento da marca face à concorrência.

  • Adoção de benchmarks para ajustar as estratégias em tempo real.


Agora que temos dados robustos e um entendimento do mercado, como garantir que as mensagens cheguem às pessoas certas?




3. Segmentação e Targeting: O Segredo para a Eficiência Omnichannel

Muitas empresas ainda adotam estratégias de comunicação genéricas, ignorando as preferências individuais dos seus targets. No entanto, os dados e competitive intelligence devem ser usados para criar segmentações cada vez mais precisas, tornando cada interação mais eficaz.



Exemplo prático: Segmentação baseada em Perfis Clínicos


Uma farmacêutica que comercializa um novo inibidor de CDK4/6 para cancro da mama HR+/HER2- precisa de definir a sua abordagem omnichannel. Em vez de segmentar apenas por especialidade médica (oncologia), a empresa cruza múltiplos critérios:


  • Comportamento digital: Quem consome conteúdos online vs. quem prefere eventos presenciais?

  • Perfil prescritivo: Quem já prescreve terapias semelhantes e quem ainda não adotou nenhuma?

  • Abertura para interação comercial: Quem responde a e-mails, participa em webinars ou prefere contacto direto?


Com base nesses dados, a empresa pode criar diferentes fluxos de comunicação:


  • Para oncologistas altamente envolvidos digitalmente → Campanhas de eLearning e artigos técnicos interativos.

  • Para oncologistas mais tradicionais → Workshops presenciais e visitas médicas.

  • Para médicos indecisos → Conteúdos educativos comparativos, destacando benefícios da nova terapia.



Como aplicar na prática?


  • Definir personas e perfis de HCPs para personalizar mensagens e abordagens.

  • Criar fluxos automatizados de comunicação, ajustando canais conforme as respostas e interações.

  • Medir constantemente a eficácia da segmentação e ajustar conforme necessário.




Conclusão: Como Interligar os Três Pilares para um Omnichannel de Excelência?


La vera forza dell’ omnichannel  risiede nell’orA verdadeira força do omnichannel está na orquestração inteligente entre dados, competitive intelligence e segmentação. Um exemplo prático de como tudo se liga:


  1. Recolher Dados – A empresa identifica que oncologistas que tratam cancro da mama HER2+ respondem melhor a campanhas via LinkedIn.

  2. Monitorizar a Concorrência – Descobre que o principal concorrente foca-se apenas em eventos físicos.

  3. Criar uma Estratégia Segmentada – Desenvolve campanhas híbridas com alto teor interativo, aproveitando a lacuna da concorrência.


Desta forma, cada ação é pensada estrategicamente, maximizando o impacto e minimizando desperdício de recursos.


O omnichannel não é sobre estar em todos os canais, mas sim sobre estar nos canais certos, com a mensagem certa, no momento certo.

E isso só se torna possível com dados robustos, competitive intelligence e segmentação estratégica bem aplicada.


 

José Domingues - Marketing & Innovation Manager @2Logical
José Domingues - Marketing & Innovation Manager @2Logical
Mariana Jerónimo - Consulting Manager @2Logical
Mariana Jerónimo - Consulting Manager @2Logical
Marta Martinho - Competitive Intelligence Product Manager @2Logical
Marta Martinho - Competitive Intelligence Product Manager @2Logical

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